terça-feira, 30 de novembro de 2010

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

Poluição visual



É a forma mais rebelde de se expressar, pois não dá para entende nada do que querem dizer, é uma linguagem  que se limita apenas para o grupo deles,  de acordo com a lei, é crime, são considerados vândalos, pela visão contemporânea, podemos dizer que é arte, enfim, mas não considero arte atos de vandalismo, mas é um tema polêmico e causa um grande conflito entre sociedade, cidadão e anarquistas, afinal pichar é arte ou crime?
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Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio CulturalLei 9.605/98
Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

domingo, 28 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Relatório de Visita ao Parque Municipal do Mindú




No dia 29 de Agosto de 2010, os Alunos da Universidade Nilton Lins, do curso de Ciências econômicas, realizamos uma visita de estudo ao Parque Municipal do Mindú, localizado no bairro Pq. Dez de Novembro, solicitado pela professora Lorena Façanha, da disciplina Gestão Ambiental, com objetivo de analisarmos e conhecermos a estrutura do parque, destacando pontos positivos e negativos, assim como entrelaçar-los com políticas públicas.

A visita deu inicio às 08:30, fomos recebidos pelo guia florestal o Sr.Agenor, funcionário da *SEDEMA, órgão responsável pela fiscalização do local, o guia e a professora Lorena nos acompanharam durante a pesquisa, nos informando que a criação do Parque foi em 1992, a partir de um movimento popular dos moradores do bairro, para preservação da área ambiental e do macaco Sauim-de-Manaus, primata em extinção, entre outros animais. Na década de 40 o parque era uma plantação de cacau. Atualmente o Parque possui uma extensão de 44 hectare de area preservada, possui estacionamento, biblioteca, porém nao chegamos visita-la, o anfiteatro, possui um chapeu de palha de Bussu onde fica a lachonete/café da manhã, foi construído com madeira acariquara, encontramos canteiros de ervas com propriedades medicinais e aromáticas, orquidário. Durante a caminhada na trilha, observamos algumas placas quebradas de informações sobre determinadas árvores e indicações das trilhas, o parque possui uma diversidade de árvores medicinais, passamos pelo igarapé Mindu, que deu origem ao nome do parque, observamos suas margens invadidas por resíduos domésticos, que estão poluindo um dos poucos trechos do igarapé que ainda era preservado. O guia nos mostrava mais resíduos de lixos do que as espécies de árvores preservadas pelo Parque. A última reforma aconteceu em 2006, entretanto, existem vários projetos em andamento para sua manutenção. Constatamos a existência de guardas na entrada do parque e dentro do parque, entretanto não é o suficiente, pois tem registros de que estrangeiros tentaram levar uma muda de planta aromática, pois é proibido subtrair qualquer espécie de planta ou animal do parque. Existe um local no parque para realização de palestras, conferencias e outras convenções, que é o anfiteatro, que por sinal é muito bonito. O projeto Gaia, financiado por empresas e governo da Noruega, em 1992, trouxe 142 adolescentes de 44 nacionalidades, inclusive brasileira, que durante três semanas construíram, na entrada do Parque, um monumento à fertilidade, com pedras trazidas de seus países de origem. No mesmo ano, a Primeira Ministra da Noruega esteve no local, onde plantou uma muda da árvore samaúm, a comitiva inaugurou um marco no local hoje chamado de Praça da Paz.

A criação e gestão de áreas especialmente protegidas tem sido atualmente uma das principais estratégias dos governos para a proteção da biodiversidade e preservação de tais locais, entretanto, falta uma maior fiscalização por parte dos órgãos competentes, não é suficientemente está no papel, ou projetos em andamento, porém a prática é levada ao descaso. Já que o Parque do Mindu é considerado um dos mais importantes parques de Manaus e o único no Estado a abrigar animais em extinção, está totalmente abandonado pelo Poder Público Municipal. Pois se não houver plano de manejo e manutenção constante, podemos afirma que no longo prazo a perpetuidade da área protegida estará comprometida.

A duração da pesquisa foi em torno de 80 minutos e bastate aproveitosa, é incrivel como as pessoas da cidade desconhecem o parque, ou apenas já ouviram falar, mas não se interessam em conhece-lo.


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É ANTIGO, PORÉM É INFORMATIVO, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO TODO O TRABALHO DE PESQUISA, TEM QUE VALER A PENA MESMO.

*SEDEMA ( SECRETÁRIA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE)

Nem às paredes confesso






Não queiras gostar de mim
Sem que eu te peça
Nem me dês nada que ao fim
Eu não mereça

Vê se me deitas depois
Culpas no rosto
Isto é sincero
Porque não quero
Dar-te um desgosto

De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E até aposto
Que não gosto de ninguém

Podes sorrir
Podes mentir
Podes chorar também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso

Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti
Por quem eu espero

Se eu gosto ou não afinal
Isso é comigo
Mesmo que penses
Que me convences
Nada te digo

De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E até aposto
Que não gosto de ninguém

Podes sorrir
Podes mentir
Podes chorar também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso

Podes sorrir
Podes mentir
Podes chorar também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
(   Amália Rodrigues )
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Letra de Maximiano de Sousa /música Ferrer Trindade e Artur Ribeiro

Amar

Amar


Amar é desejar o mesmo amor a ser amado com mesmo afeto
É se fazer completa diretamente a si. E que o amor não seja desejo de beleza, 
pois o que existe de imperecível, naquilo que por natureza é perecível?
Amar é sentir o amor reflentido em outro, é uma necessidade de estar sempre ao lado de quem ama.E que este amor não seja de verão, pois quando chegar a chuva, acaba e se desfaz com o vento.
Amar é um elo entre vários sentimentos, é o que existe de mais sincero no ser humano, espontâneo e voluntário,concebido do desejo da essência do ser, do singelo afeto. Sem esforço e sem cobrança, surgi inesperadamente, sem saber se esta preparado ou nao pra receber. Não marca data para acontecer, pois o amor tem seu segredo quando aparece, e faz tudo renascer, é a composição mais que perfeita.

Queila Tavares (13/01/2010)

Quando deixamos de amar



Você já amou tanto alguém, que chegou a fica atrapalhada, embaraçada, perdida, pois passou do lugar onde deveria fica, com frios na barriga, como se estivesse tão leve... alias é uma sensação incrível, toda aquela alteração de emoções, costumava-se a sentir, pois de repente, você ficou tão cansada de olhar para aquela pessoa, o cansaço tomou conta de aturar as mentiras, ficou estúpido e eloquente, pequenas mentiras que foram crescendo, e preferiu continuar mentindo para sustentar mais mentiras... é como se tudo tivesse sido simplesmente mentira, como se estivéssemos sido parte de mais um episódio de mentira, alias tiramos as máscaras, agora conhecemos o anjo e o demônio dentro de nós.
Então se pergunta se esse amor de louco pode continuar, porque depois de toda estupidez, ainda se quer fica perto, depois juras que não acontecerá mais, juras que é um amor de proteção, que iremos achar um antídoto para as palavras venenosas, e se for embora agora ficará despedaçado, usa todo o emocionalismo para convencer. Então voltamos à música novamente, e repetimos várias vezes o disco com falhas, sabendo que a letra não irá mudar, mas ouvimos porque gostamos dela naquele momento, e aquele momento satisfaz. Sabemos que não é intenção magoar, e acabamos voltando aos mesmos padrões eloquente, a rotina que consome, será que esse amor é tão cego, para ver que não dar para seguir. Mesmo que queira assumir a culpa, dessa vez não haverá próxima mentira, nem outra estupidez.

Queila Tavares

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Charlotte


Poema de sete faces



Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.


Carlos Drummond de Andrade

Pedaços


Amar perdidamente, além da compreensão.
Quem nunca ficou à mercê deste sentimento
que espalha calafrios pelo corpo e faz 
o coração palpitar mais forte.
Sofre continuamente, sem entender a razão,
Tristeza profunda, que vem de dentro da alma.
solidão que cerca, que angustia o coração.
Amar... e não entender o amor,que acaba silencioso, 
entrando em coma,ficando invisível, morrendo ao poucos,
deixando o coração em pedaços e não importa
em quantos pedaços o coração foi partido,
o mundo não vai parar até que o concerte tudo.
Ver tudo de forma confusa, porém continuar amando,
pois só outro amor irá lhe ajudar a recolher os cacos...

Queila Tavares (2003)

Ausência



Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

Encontros

Fica uma duvida horrível, na verdade não tão horrível, perdemos tempo, e nos importamos mais em manter o orgulho, depois ficarmos dias esperando algum ‘’sinal’’ ou tentando reter algum sinal se foi transmitido naquele encontro, depois ficamos olhando para o telefone no colo, verificamos todas as tecnologias possíveis, esperando algum ‘sinal’, ficamos esperando, esperando e não cansamos de esperar, mas as pessoas nunca ligam de volta, é assim que a história se desenrola. Então pensamos em recuar, pois sabemos que só foi mais um encontro... e dissecamos  nada detalhe, refazemos a cena, para encontrar algum erro, para deixamos de acreditar, mas não, realmente é assim que a história se desenrola, no dia seguinte, só rendeu mais um número, mais um nome, mas um detalhe.
Depois de um tempo o destino faz um favor de se reencontrar, e ainda diz que você pareceu está distante, porque não deu sinal, mas que tentou se comunicar, como uma conspiração a você, querendo intimidar  sua inteligência.
Mas você também não se importa mais, porque já passou o tempo de esperar, e talvez agora já esteja pensando na noite passada. Ou apenas se acostumou a repetir a mesma cena, esperar as mesmas coisas, e sem tomar uma decisão, ou ter uma atitude, ser diferente na longa espera que a vida nos faz passar, até encontrar harmoniosamente o ideal, e talvez o ideal seja apenas sermos felizes, caminhar sozinhos ou acompanhados.

Queila Tavares