terça-feira, 15 de março de 2011

Os índios e o desenvolvimento da Amazônia





Por todos os índices de falta de informação já vista, todas as vezes que se fala em Amazônia, logo se relaciona a uma imensa quantidade de índios andando pelas ruas da cidade, ou vivendo de forma ainda primitiva, como nos primórdios da colonização. Idéia da qual deveria ser tratada com um pouco mais de informação sobre o norte do país, assim mesmo com informações já estudadas em História do Brasil. Resgatando a atualização da História atual do Brasil, em aspectos econômicos, geográficos e cultural. Apesar da região ter um alto teor de mistura de raça, assim como a origem do povo brasileiro. 


Pelos cálculos efetuados pelo antropólogo inglês John Hemming, da década de 1980, na região que hoje é a Amazônia brasileira, na época de contato com os homens brancos (séculos XVI e XVII) teria 3.625.000 índios. Atualmente, pelas estimativas da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), essa região detém apenas algo em torno de 156.000 indígenas, que tem ternos percentuais representariam apenas 4,3% do total daquela população original, significa então, que quase 95,7% dela desapareceram nos últimos quatro séculos.

Muito já se disse sobre o extermínio físico e cultural dessa população durante os períodos da conquista e da colonização, mais ainda é pouco pelo que representa a perda de patrimônio cultural e natural que essa catástrofe demografia ceifou, redundamente num imenso prejuízo para as sociedades do presente. Não podemos deixar de lembra que com a Independência do Brasil, no inicio do século XIX, a realidade das populações indígenas não ficou diferente, apesar dos governos imperiais e republicanos terem criados, ao longo do tempo, organismos de proteção os índios, mesmo assim o extermínio físico e cultural dos índios continuou.

Na Amazônia do século XX, a situação se exacerbou com as chamadas políticas de desenvolvimento econômicos dos governos federais e estaduais e até municipais, principalmente a partir da década de 60, quando várias rodovias foram construídas rasgando e sangrando as terras indígenas. Empresas de mineração, de extração de madeiras, de atividades agropecuárias, de produção de energia elétrica etc..., penetraram nessas terras provocando desastres com prejuízos irreversíveis para a população indígenas e para o meio ambiente.


Por exemplo, a penetração de fazendas agropecuárias no vale do rio Arinos arrasaram os Beicos-de-pau ( Txukahamã); a construção da rodovia Cuiabá-Santarém, quase exterminou os Krenhekores ou Gigantes do rio Peixoto de Azevedo, que perderam 80% de sua população, e os remanescentes foram transferidos para o Parque Nacional do Xingu. Enquanto que as suas terras ficaram em mãos de grandes empresas mineradoras e agropecuárias. 

Cerca de 60% dessa população indígena no Brasil vivem na Amazônia Legal, com 64 povos indígenas com 29 línguas faladas, e mais de 140.700.000 hectares de áreas protegidas em territórios indígenas, o que corresponde aproximadamente 30% das terras do Estado do Amazonas. A Amazônia Legal corresponde os Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e a parte oeste do Maranhão e todos eles possuem em seu território áreas da Floresta Amazônica. E cerca de 40% da população indígena vive em áreas fora da Amazônia Legal. Esses grupos indígenas vivem "apertados" em terras muito pequenas que, na maioria das vezes, não são suficientes para manter suas formas tradicionais de vida.

Seguindo esta mesma atenção do governo ao povo indígena, daqui a mais duas décadas vamos apenas ver em livros de historia e as raridades abrigadas em parques nacionais.


Queila Tavares


· Fontes: FUNAI e IBGE

Um comentário:

  1. Olá Marcus, foi na aula de desenvolvimento. rs
    afinal economista transformar dados ( números) em analise. lol

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