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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sacola plástica? Não, obrigado(a)!




Você já deve saber que as sacolas plásticas demoram mais de 400 anos para se decompor. Porém, como sabemos se os sacos plásticos só surgiram no final da década de 50. Na verdade, não. Pois não há nenhuma evidência em primeira mão de sua taxa de decomposição. Para fazer essas estimativas de longo prazo, os cientistas costumam usar testes de respirometria*. Os cientistas colocam uma amostra de resíduos sólidos, como um jornal, casca de banana ou saco plástico em um recipiente contendo adubo rico em microorganismos, em seguida areja a mistura. Ao longo de vários dias, os microorganismos assimilam a amostra pouco a pouco e produzem dióxido de carbono; o resultante CO2 que serve como um indicador da degradação.

Testes de respirometria funcionar perfeitamente para jornais e cascas de banana (Jornal levar de dois a cinco meses para biodegrada em uma pilha de compostagem; cascas de banana demorar vários dias.) Mas quando os cientistas testam os sacos plásticos genéricos, não acontece nada, não há produção nenhuma de CO2 e nenhum sinal de decomposição. Mas então porque? Os sacos de plástico são feitos a partir de etileno, um gás que é produzido como um subproduto de óleo, gás e a produção de carvão. O etileno é feito em polímeros (cadeias de moléculas de etileno) chamado polietileno. Esta substância, também conhecido como polietileno ou politeno, é feita em pastilhas, que são utilizados por fabricantes de plásticos para produzir uma variedade de artigos, incluindo sacos plásticos. Este polímero os microrganismos não reconhece como alimento.

Então, onde é que os 400 anos estatisticamente vem? Apesar de sacos de polietileno padrão não são biodegradáveis, eles fotodegradam quando exposto à radiação ultravioleta da luz solar, cadeias de polímeros de polietileno tornam-se frágeis e começar a rachar. Isto sugere que os sacos de plástico acabarão por se fragmentar em grânulos microscópicos. Até o momento, no entanto, os cientistas não têm certeza quantos séculos demoram para o sol trabalhar a sua magia. É por isso que certas fontes de notícias citam uma estimativa de 400 anos , enquanto outros preferem um mais conservador 1.000 anos de vida . De acordo com alguns especialistas em plásticos, todos estes números são apenas outra maneira de dizer: "a muito e muito tempo."

Às vezes, até mesmo cascas de banana não decompõem uma vez que atingem o aterro. Por razões sanitárias, aterros modernos são revestidas no fundo com argila e um lençol plástico para manter os resíduos de escapar para o solo e são cobertos com uma camada de terra para reduzir o odor. O aterro, então, age como um lixo túmulo. Então, o lixo dentro recebe pouco de ar, água ou luz solar. Isso significa que os objetos de resíduos mesmo facilmente degradáveis, incluindo papel e restos de comida, são mais propensos a mumificar do que se decompor.




Alternativas


Há uma série de alternativas para o uso das sacolas plásticas. Já existem os sacos biodegradáveis que são feitos a partir de resinas de amido (do milho, mandioca ou batata), como o ácido poliláctico (PLA) Porém os sacos de plástico biodegradável necessitam de mais plástico por saco do que os normais, porque o material não é tão forte. Muitos sacos biodegradáveis são também feitos de papel, materiais orgânicos ou policaprolactona. Os biodegradáveis levam menos tempo para se decompor e não deixam nenhum vestígio discernível e são completamente inofensivos para o ambiente. 


Sacola de tecido( minha favorita)

Outra alternativa que eu penso ser melhor, é os sacos de TNT ou de tecidos. Estes sacos podem ser mantidos no carro e usados novamente. A vantagem dos sacos TNT ou tecidos é que eles são mais fortes do que os sacos de plástico, e também muito mais fácil de transportar. É preciso um pouco de reflexão para se acostumar a trazer os seus próprios sacos, mas é um hábito fácil de cair e é um alívio para não ter que encontrar espaço para arrumar os sacos de plástico. 




Sacolas de TNT
Então da próxima vez que for as compras, mantenha sua cabeça erguida, não esquece de levar as sacolas e orgulhosamente comece a recusar as sacolas plásticas. Você não pode estar em um bote de borracha perseguindo um barco baleeiro ou perseguir caçadores de marfim, mas você fez uma contribuição para o futuro do planeta.




Queila Tavares



* Respirometria é uma técnica muito utilizada na determinação da biodegradação de resíduos misturados ao solo pela atuação de microrganismos presentes.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Varrendo os mares e Alimentos de Luxo




1. Varrendo os mares


Nós últimos 50 anos frotas industriais já pescaram pelo menos 90% de todos os grandes predadores oceânicos – o atum, marlim, peixe-espada, tubarões, bacalhau, halibut, arraias e linguados.

Levantamentos recentes indicam que hoje a captura indiscriminada mata e desperdiça entre 18 e 40 milhões de toneladas de peixes, tartarugas e mamíferos marinhos todos os anos, o que representa nada mais nada menos do que cerca de um terço de toda a pesca mundial. E um crime contra a natureza.

A pesca industrial é a captura de pescado, utilizando navios de grandes dimensões, geralmente bem equipados, dispondo de redes potentes . Uma vez que este tipo de pesca está associada à pesca longínqua ou à pesca costeira com campanhas longas, de vários dias ou meses, as embarcações possuem os equipamentos necessários para a conservação e, por vezes, congelação do pescado. Neste tipo de pesca são utilizadas as técnicas mais modernas de cerco, arrasto, ou outras, e ainda ecossondas para localização dos cardumes. O uso generalizado de traineiras possantes arrastam linhas com anzóis por vários quilômetros de extensão, arrastando uma enorme quantidade de peixes, sem distinção de tamanho, sendo assim os grandes predadores desapareceram dos oceanos e os peixes menores conseguiram aumentar suas populações, mas não por muito tempo.

A pesca artesanal sobrevive paralelamente, sendo destinada principalmente à subsistência de pequenas colônias de pescadores em regiões ribeirinhas e litorâneas, que utilizam redes de pequeno porte, espinhéis, tarrafas e redes de espera.

Na cúpula de 2002, sobre Desenvolvimento Sustentável, 192 nações assinaram um acordo voluntario para restaurar os estoques pesqueiros à sua produção máxima sustentável até 2015, isso significa reduzir a porcentagem de peixes mortos anualmente, através da redução de cotas.





2. Alimentos de luxo


Os consumidores do mundo todo sempre procuram alimentos raros e exóticos, exemplo é o Foie Gras, barbatanas de tubarão, caviar, como símbolo de riqueza e charme, muitos pagam caros por eles.

O foie gras é uma cozinha gourmet francesa no gosto, o alto preço do foie gras o torna uma iguaria rara. Mas a produção de foie gras na França não é a superpotência, embora o consumo seja de quase 90%, e por causa de sua crueldade fez com que o processo de produção organizações de proteção animal em forte oposição da França, por isso tem uma longa história de ganso húngaro produção de foie gras para se tornar uma superpotência.

O processo se resume a tortura. Os animais são confinados nos criadouros em espaços pequenos para que não consigam se movimentar e, conseqüentemente, não gastarem energia desnecessariamente. Numa área de dois metros quadrados são confinados até 12 animais. Os gansos ou patos são forçados a ingerirem grandes volumes de alimentos através de tubos, fazendo com que seu fígado cresça 10 vezes mais que o normal.O fígado de um animal sadio pesa cerca de 120 gramas. O do animal tratado dessa maneira chega a 1200 gramas, dez vezes mais que o normal. Sem fala na serie de outros problemas de saúde, incluindo hemorragia hepática , lesões na garganta e até mesmo asfixia, os que sobrevivem a este tortuoso processo, são abatidos e retirado o fígado.


O caviar é a ova não-fertilizada da fêmea do esturjão , do salmão e da espátula e outras espécies que se popularizaram quando as populações do esturjão encolheram.


Outra iguaria é um prato feito de barbatana de tubarão, os caçadores capturam e cortam as barbatanas com os tubarões ainda vivos, lançando-os de volta ao mar, onde morrem afogados ou de hemorragia. Na Ásia, os comerciantes podem chegar a oferecer 30 a 40 espécies diferentes e podem vender as barbatanas até a US$ 400 por quilo.


Grupos de proteção aos animais, ecólogos, biólogos marinhos, chefs e outros grupos interessados estão enviando esforços para proibir e estigmatizar certos tipos de cozinha de luxo e, em termos mais gerais, tentar fazer com que as pessoas reflitam antes de comer.






Produtores:

A produção mundial de foie gras (em dados do ano de 2007) é estimada em 27.000 toneladas, representando a produção europeia mais de 90%. A França é o líder de foie gras no mundo, com 20.400 toneladas (96% de pato e ganso resto). Emprega diretamente mais de 30.000 pessoas, e 90% da produção está nas regiões do Landes , no Périgord (em Dordogne ) e Midi-Pyrénées , no sudoeste, e na Alsácia Oriente. A União Europeia (UE) reconhece o foie gras produzido por métodos tradicionais ("selo vermelho") no sudoeste da França com uma denominação de origem geográfica.

O restante da produção é dividida entre os seguintes países:

Hungria : 2.500 toneladas;
Bulgária : 2200 toneladas;
Espanha : 950 toneladas. (Produção em Aragão, Catalunha, País Basco, Navarra e Castela e León);
Estados Unidos : 300 toneladas;
China : 280 toneladas;
Canadá : 170 toneladas;
Bélgica : 100 toneladas.


Consumidores:

Consumo europeu representa 93% da produção mundial, as exportações fora da UE são estimados em menos de 2.000 toneladas. (Dados de 2007), os principais clientes:

Japão: 750 toneladas;
Suíça: 275 toneladas;
Hong Kong: 145 toneladas;
Rússia: 105 toneladas;
Estados Unidos: 61 toneladas;
Singapura: 47 toneladas;
Tailândia: 34 toneladas;
Nova Caledônia: 30 toneladas;
Emirados Árabes Unidos: 21 toneladas.


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Dados: GreenPeace

sábado, 20 de agosto de 2011

As 10 cidades mais poluídas do mundo




Todo ano a consultoria Mercer elabora um relatório avaliando a qualidade de vida em 221 grandes cidades do mundo. Um dos rankings preparados pela consultoria é o “Eco-City”, que classifica as cidades do ponto de vista ambiental. Segundo esta lista, Porto-Príncipe, capital do Haiti, é a cidade mais poluída do mundo.
Os critérios que a consultoria leva em conta em sua pesquisa são a oferta de água doce, o volume de água potável, as medidas para remoção de resíduos, a condição dos esgotos, poluição do ar e nível de congestionamentos. Cada cidade recebe uma nota, que tem como referência o número 100, nota atribuída a Nova York.

Segue abaixo a lista

10º lugar - Lagos (Nigéria): Indústrias estão instaladas ao longo dos rios da cidade, o que resulta em poluição das águas. Além disso, o combustível usado nos carros tem alto teor de chumbo, altamente nocivo. Ao olhar para a cidade de Lagos, a maioria de nós só enxerga caos. A megacapital da Nigéria é conhecida por seus problemas de superpopulação, crime, infraestrutura precária e poluição. No ranking de 2010 da qualidade de vida, publicado pelo Economist Intelligence Unit para as 140 maiores cidades do mundo, Lagos ficou na posição número 137.




9º lugar - Nova Déli (Índia): A cidade tem um dos maiores índices de mortalidade infantil. O lixo faz uma grossa camada na superfície do rio Yamuna. O país com seus 1,2 bilhões de habitantes, enfrentam os desafios da rápida urbanização e industrialização, como a poluição, ( a Índia é o 5° maior emissor de carbono do mundo), o saneamento básico e o abastecimento de água são precários.




8º lugar - Bagdá (Iraque): A contaminação dos reservatórios de água é um dos grandes problemas enfrentados pela cidade. Em 2007, população sofreu um surto de cólera.




7º lugar - Mumbai (Índia): Com o crescimento vertiginoso nas últimas duas décadas, Mumbai também passou a ter problemas recorrentes em grandes cidades, como saneamento básico insuficiente e trânsito caótico.



6º lugar - Cidade do México (México): É conhecida na América do Norte como a capital da poluição atmosférica.


5º lugar - Antananarivo (Madagascar): A ação do homem na ilha começa a prejudicar a fama da exuberante Madagascar. Antananarivo enfrenta problemas como a contaminação de águas por causa dos esgotos e a poluição do ar.



4º lugar - Kolkata (Índia): Os carros velhos são vilões da poluição devido à emissão de poluentes em grande escala.


3º kugar - Baku (Azerbaijão): A cidade sofre com o alto nível de poluição do ar. A atmosfera de lá é carregada de partículas derivadas da perfuração e do transporte de petróleo.



2º lugar - Daka (Bangladesh): A cidade luta, sem sucesso, contra a poluição de suas águas. Por causa da grande quantidade de pesticidas despejadas nos reservatórios, a superfície da
água tem aspecto viscoso.


1º lugar - Porto Príncipe (Haiti): A cidade, arrasada por um terremoto no ano passado, é a mais poluída do mundo, segundo o ranking. Depois da tragédia, apenas 5% dos escombros foram retirados, a população sofre com uma epidemia de cólera, desemprego, trânsito e falta de água potável. Na foto, o Mercado le Salines, apelidado de 'Cozinha do Inferno' pelos soldados brasileiros.





sábado, 7 de maio de 2011

Visita ao Aterro controlado de Manaus


No dia 30 de Abril de 2011, os Alunos do Centro Universitário Nilton Lins, do curso de Ciências econômicas, realizamos uma visita de estudo acadêmico ao Aterro Sanitário de Manaus, localizado à 19 km de Manaus, Am-10 ( Manaus-Itacoatira), solicitado pela professora Lorena Façanha, da disciplina Gestão Ambiental e desenvolvimento Sustentável, com objetivo de analisarmos e conhecermos a estrutura e funcionamento do aterro, destacando pontos positivos e negativos, assim como entrelaça-los com políticas publicas. Fomos recebidos pelo Sr.Marcos Tiradentes, e o senhor Luis Carlos que nos deu uma palestra sobre o aterro. A visita deu inicio as 09:30.

Conforme os dados, desde 1986 o local de destinação final dos resíduos sólidos urbanos de Manaus está situado no KM 19 da rodovia AM-010 que liga Manaus a Itacoatiara. A área pertence à Prefeitura de Manaus, conforme Decreto Municipal nº 2.694, de 08 de março de 1995, antes pertencente ao Sr. Honorino Dalberto.

Com o licenciamento ambiental do Aterro Controlado de Manaus em 2006, a Prefeitura passou a ter o domínio completo da cadeia produtiva do aterro, que só foi possível após a efetivação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp).

A Prefeitura por meio da Semulsp, terceirizou o serviço de coleta e parte da operação do aterro, com base na Lei nº 977, de 23 de maio de 2006, que instituiu o ”Programa de Parcerias Público-Privadas do Município de Manaus – Programa PPP/Manaus”. As Tumpex e Enterpa Engenharia Ltda são as empresas responsáveis pela coleta de lixo nas ruas da cidade. As obras de revitalização do aterro começaram no segundo semestres de 2006, até então o aterro realmente era um lixão, os lixos eram jogados de qualquer maneira, foi quando iniciaram a revitalização do aterro. A Semulsp contratou a CPRM para realizar o “Diagnóstico e Avaliação da Contaminação dos Recursos Hídricos na Área do Entorno do Aterro Sanitário de Manaus”. Com esse diagnóstico foi realizado em 2006, um monitoramento trimestral, com início em setembro de 2007 vem sendo desenvolvido pela CPRM, para análise da evolução da contaminação dos recursos hídricos no entorno do AMM.
O aterro recebe ao dia cerca de 4 toneladas de lixo, atualmente o aterro está devidamente preparado para a época de chuva e suporta até 160 milímetros de chuva.
O sistema de destinação começa após a coleta, o lixo é descarregado no Aterro Sanitário, depois o lixo é compactado com trator, formando uma célula, que será recoberta com argila. Utilizam técnicas de engenharia e tecnologia seguras para evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública e passam por monitoramento constante para evitar vazamentos no solo, os técnicos fazem monitoramento mensalmente. 

Possuem três lagoas de chorume,os chorumes são líquidos malcheirosos e escuro produzido a partir da composição da matéria orgânica contida no lixo. É ácido e apresenta alto potencial contaminante, podendo poluir o solo e os lençóis de água subterrâneos, principalmente em locais de deposição não controlada de lixo, onde a grande quantidade desse líquido se infiltra facilmente no solo, é altamente agressivo ao meio ambiente.

Grandes valas são rasgadas no solo e sub-solo e passam por um processo de “impermeabilização” com aplicação de uma camada de argila de baixa textura que é compactada para reduzir sua porosidade e aumentar sua capacidade impermeabilizante. Sobre esta primeira camada, é colocado um lençol plástico ou manta e, sobre esse, uma segunda camada de argila é aplicada e novamente compactada. Sobre essa última camada de argila são colocados drenos para retirada de gases e líquidos gerados pela decomposição do resíduo orgânico por micro-organismos anaeróbios. Finalmente, o resíduo orgânico (lixo) será depositado sobre essa segunda camada de argila, compactado e isolado do meio ambiente por uma camada de saibro, entulho de demolição, argila ou terra. Para essa operação grandes desmontes e movimentação de terra são necessários.

A base do aterro sanitário é constituída por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados os chorumes ,acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição ao meio ambiente. Seu interior possui um sistema de drenagem de gases que possibilitam a coleta do biogás, que é constituído por metano, gás carbônico(CO2) e água (vapor), entre outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado beneficiado, pois queimados ao poluem tanto. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia limpa. Atualmente o aterro esta sendo ampliado, ao redor do aterro já utilizado. Manaus não possui reciclagem de vidro, são poucos os resíduos que são reciclados.


É evidente que o senhor palestrante apenas ressalte as qualidades do novo aterro, destacando que a necessidade de reforçar as ações de educação ambiental e diz que, para isso, é preciso compreender as particularidades da zona urbana de Manaus em comparação a outras capitais, como a existência de igarapés (cursos d'água pouco profundidos) dentro da cidade, ter cuidado ao separar vidros quebrados, pois pode machucar os coletores, que é um fato comum em acontecer. Manaus é umas das capitais que tem coleta diária enquanto em outras cidades, tem dias alternados, e de 2006 para 2011, a Semulsp tem ampliado o serviço devido o crescimento da cidade e da existência de pelo menos 25 áreas na cidade que não eram atendidas pelo serviço público. Ressaltando que em 2005, saiu de um estágio de lixão para o estágio de aterro controlado e no fim de 2007 passamos a contar com um aterro sanitário dentro das normas técnicas e ambientais vigentes para começar a aterrar o lixo a partir da estiagem das chuvas. Atualmente com áreas devidamente construídas e revestidas com membranas impermeabilizantes, com drenos para gases, lagoas para estabilização de resíduos.

Nossa visita deu enceramento as 10:40, tiramos fotos para registro de visita, e ressaltando que a partir de então podemos ter uma outra visão sobre o aterro sanitário, apesar da visita incompleta, mas já podemos dizer que é importante um tratamento adequado ao lixo, pois deixando de qualquer maneira, os chorumes são altamente agressivos ao meio ambiente, podendo poluir lençóis freáticos.







Queila Tavares

LIXO: RECICLE ESSA IDÉIA


O que fazer com tanto lixo?





A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.
Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia. 
O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população.
Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc. 
Doméstico (alimentos)
- Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças) 
- Agrícola (esterco, fertilizantes) 
- Hospitalar 
- Materiais Radioativos ( indústria medicina...) 
- Tecnológico (TV, rádios) 




Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário.
A fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano. 
Menos de 3% do lixo vai para as usinas de compostagem(adubo). 
O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores. 
Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado!!



O lixo urbano é um dos maiores problemas ambientais da atualidade, pois os moldes de consumo adotados pela maioria das sociedades modernas provocam o aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido.O lixo causa enchentes, entope bueiros e diminui a vazão de água.É um dos maiores problemas da sociedade moderna. Calcula-se que 30 % do lixo brasileiro fique espalhado pelas ruas nas grandes cidades.







RECICLAGEM - 
A reciclagem é umas das alternativas para o tratamento do lixo urbano e contribui diretamente para a conservação do meio ambiente. Ela trata o lixo como matéria-prima que é reaproveitada para fazer novos produtos e traz benefícios para todos, como a diminuição da quantidade de lixo enviada para aterros sanitários, a diminuição da extração de recursos naturais, a melhoria da limpeza da cidade e o aumento da conscientização dos cidadãos a respeito do destino do lixo.




COMO COLOCAR A RECICLAGEM EM PRÁTICA.

Em sua casa, apartamento ou trabalho, as orientações a seguir:- Normalmente em todos os locais só existe um cesto de lixo. Pois bem, separe vários sacos plásticos e vá colocando cada tipo de lixo em um deles.
É fácil...basta você "guardar" os saquinhos de embalagens que você ganha nos supermercados! Depois fixe um "sarrafo" de uns dois metros na parede do quintal ou da área de serviços e pendure os saquinhos com um prego, e vá substituindo-os conforme eles encherem. Se quiser, poderá escrever "caprichadinho" no sarrafo, um nome para o destino de cada saquinho. Para empresas é só orientar os funcionários e colocar tambores grandes com os respectivos nomes, logo terá muitas pessoas de olho naquele lixo que vale dinheiro.



Procure usar sacolas plásticas biodegradáveis para separar seu lixo doméstico:
Papeis- Papéis revistas, jornais e seus derivados.
Vidros- Vidros, lâmpadas, garrafas etc
Plásticos: Brinquedos, garrafas plásticas etc.
Artigos de borracha. Caso tenha pneus velhos para jogar, tome cuidados para deixá-los sempre secos, você já deve ter ouvido falar na Dengue. Fure-os ou corte em pedaços. Ou também você poderá levá-los 
em lojas de vendas de pneus.
Entulhos: Entulhos, madeiras, cimentos e resto de sujeiras das faxinas etc.
Metais: Metais diversos, latas, arames, pregos, alumínios etc.

Objetos Perigosos como: Baterias em geral, pilhas e lâmpadas fluorescentes. Nunca jogue no lixo, pois estes produtos são altamente contaminadores e perigosos.
Orgânicos - restos de comida, ossos etc.
Papel de higiênico :
Papéis usados, ( higiênico por exemplo ), guardanapos, fotografias, fita crepe,tocos de cigarros, esponjas de aço usadas, panos sujos dentre outros.


ÓLEO DE FRITURAS

Nunca jogue o óleo de fritura na pia ou ralo, guarde-os em garrafas de refrigerantes, eles são Biodiesel, ou seja, combustíveis de veículos e também podem virar sabão, além de proteger a natureza estará guardando uma pequena fortuna em sua casa.


CINZA DE CIGARRO

Nunca jogue fora a cinza do cigarro, pegue latas de leite ou chocolate vazia e vá colocando as pontas dos cigarros e guardando as latas cheias em casa até que a ciência encontre uma aplicação para este resíduo altamente tóxico, colabore com o meio ambiente, já que não consegue parar de fumar faça este pequeno gesto de carinho. Já existem pessoas que reciclam os tocos de cigarros.
só não sei dizer como, ou o que fazem, mas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Seja um voluntário

Pequenas atitudes fazem toda a diferença:



De acordo com dados da ONU, uma a cada seis pessoas não tem acesso à uma quantidade de água potável suficiente para suprir as suas necessidades, o que ocasiona a morte de 1,5 milhões de pessoas a cada ano, e se não mudarmos nossos hábitos de consumo atuais, estima-se que até 2025 dois terços da população do planeta viva em regiões com pouca água.
O que você para economizar água? ou quais metidas você tomaria?




As inocentes sacolas plásticas de supermecados geram resíduos que levam 300 anos
para se decompor na natureza, além de aumentar os custos dos produtos.
Quando surgiram, no fim da década de 1950, as sacolas de plástico eram motivo de orgulho das redes de supermercados e símbolo de status entre as donas-de-casa.
Quase todos os sacos de plástico não acondicionados em lixeiras acabam, mais cedo ou mais tarde, por chegar aos rios e aos oceanos. Os ambientalistas chamam a atenção para este problema e citam o fato de milhares de baleias, golfinhos, tartarugas-marinhas e aves marinhas morrerem asfixiadas por sacos de plástico.



Aproveite a iluminação natural de sua casa abrindo as janelas, cortinhas e portas durante o dia.
 Utilize lâmpadas fluorescentes, são bem mais econômicas do que as incandescentes.
Não exagere na potência das lâmpadas, utilize-a de acordo com o objetivo
e tamanho do ambiente (uma lâmpada de 100W no quarto é um absurdo).
Desligue da tomada equipamentos elétricos e eletrônicos
 quando não estiverem em uso,
tendem a consumir bastante energia mesmo quando em stand-by,
 mas mesmo os aparelhos mais modernos tendem a consumir alguma energia durante todo o tempo em que estão na tomada – levando a até 35% de despedício.
 Conectar carregadores, sintonizadores de TV a cabo, a própria TV e o DVD, e mesmo o seu computador em uma extensão, régua ou estabilizador que disponha de chave liga/desliga pode ser uma forma prática de interromper este circuito sem tirar fisicamente da tomada – mas olhe o manual dos equipamentos antes. Você não somente contribui para o meio ambiente, quando economiza no seu bolso.




Apesar de se precisa cada vez menos de papel, a demanda cresce a cada ano, consumindo rapidamente as florestas  e o ecossistema inteiro. Por outro lado, a reflorestação, ao não trazer de volta as espécies nativas, animais e insectos, tem pouco efeito neste combate desigual.


terça-feira, 15 de março de 2011

Os índios e o desenvolvimento da Amazônia





Por todos os índices de falta de informação já vista, todas as vezes que se fala em Amazônia, logo se relaciona a uma imensa quantidade de índios andando pelas ruas da cidade, ou vivendo de forma ainda primitiva, como nos primórdios da colonização. Idéia da qual deveria ser tratada com um pouco mais de informação sobre o norte do país, assim mesmo com informações já estudadas em História do Brasil. Resgatando a atualização da História atual do Brasil, em aspectos econômicos, geográficos e cultural. Apesar da região ter um alto teor de mistura de raça, assim como a origem do povo brasileiro. 


Pelos cálculos efetuados pelo antropólogo inglês John Hemming, da década de 1980, na região que hoje é a Amazônia brasileira, na época de contato com os homens brancos (séculos XVI e XVII) teria 3.625.000 índios. Atualmente, pelas estimativas da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), essa região detém apenas algo em torno de 156.000 indígenas, que tem ternos percentuais representariam apenas 4,3% do total daquela população original, significa então, que quase 95,7% dela desapareceram nos últimos quatro séculos.

Muito já se disse sobre o extermínio físico e cultural dessa população durante os períodos da conquista e da colonização, mais ainda é pouco pelo que representa a perda de patrimônio cultural e natural que essa catástrofe demografia ceifou, redundamente num imenso prejuízo para as sociedades do presente. Não podemos deixar de lembra que com a Independência do Brasil, no inicio do século XIX, a realidade das populações indígenas não ficou diferente, apesar dos governos imperiais e republicanos terem criados, ao longo do tempo, organismos de proteção os índios, mesmo assim o extermínio físico e cultural dos índios continuou.

Na Amazônia do século XX, a situação se exacerbou com as chamadas políticas de desenvolvimento econômicos dos governos federais e estaduais e até municipais, principalmente a partir da década de 60, quando várias rodovias foram construídas rasgando e sangrando as terras indígenas. Empresas de mineração, de extração de madeiras, de atividades agropecuárias, de produção de energia elétrica etc..., penetraram nessas terras provocando desastres com prejuízos irreversíveis para a população indígenas e para o meio ambiente.


Por exemplo, a penetração de fazendas agropecuárias no vale do rio Arinos arrasaram os Beicos-de-pau ( Txukahamã); a construção da rodovia Cuiabá-Santarém, quase exterminou os Krenhekores ou Gigantes do rio Peixoto de Azevedo, que perderam 80% de sua população, e os remanescentes foram transferidos para o Parque Nacional do Xingu. Enquanto que as suas terras ficaram em mãos de grandes empresas mineradoras e agropecuárias. 

Cerca de 60% dessa população indígena no Brasil vivem na Amazônia Legal, com 64 povos indígenas com 29 línguas faladas, e mais de 140.700.000 hectares de áreas protegidas em territórios indígenas, o que corresponde aproximadamente 30% das terras do Estado do Amazonas. A Amazônia Legal corresponde os Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e a parte oeste do Maranhão e todos eles possuem em seu território áreas da Floresta Amazônica. E cerca de 40% da população indígena vive em áreas fora da Amazônia Legal. Esses grupos indígenas vivem "apertados" em terras muito pequenas que, na maioria das vezes, não são suficientes para manter suas formas tradicionais de vida.

Seguindo esta mesma atenção do governo ao povo indígena, daqui a mais duas décadas vamos apenas ver em livros de historia e as raridades abrigadas em parques nacionais.


Queila Tavares


· Fontes: FUNAI e IBGE

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aquecimento Global e Efeito estufa

      

Aquecimento Global e Efeito estufa



1. Introdução 


O aquecimento global, um dos principais problemas de sobrevivência da humanidade e um dos maiores desafios à inteligência do Homem, sendo um fenômeno climático de larga extensão que se traduz num aumento da temperatura média da superfície da Terra. Porém, o significado deste aumento de temperatura ainda é objeto de muitos debates entre os cientistas. No presente trabalho abordaremos as evidências, causas e efeitos, que cada vez mais estão visíveis ao cotidiano, as variações de temperaturas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, e a elevação da temperatura do planeta, implica uma séria complicações como: furacões, secas, enchentes, extinção de milhares de animais e vegetais, derretimento dos pólos e vários outros problemas que o homem não tem condições de enfrentar ou controlar. O efeito estufa, embora seja prejudicial em excesso, é na verdade vital para a vida na Terra, pois o mesmo assegura as condições ideais para a manutenção da vida, com temperaturas mais amenas e adequadas. Porém, o excesso dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa, ao qual desencadeia o aquecimento global, que é o grande vilão.De modo geral, o efeito estufa pode ser entendido como a retenção de parte da radiação emitida pelo sol por gases presentes na atmosfera, principalmente dióxido de carbono (CO ). Várias conferências para tratados e acordos referentes e emissão de gases na atmosfera, são medidas tomadas pela IPCC das Organizações das Nações Unidas.



2. Conceito

O Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão, um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Novas pesquisas científicas dissiparam a mínima dúvida de que o aumento repentino da temperatura planetária se deve à ação humana, com escassa contribuição de qualquer influência da natureza. A teoria do aquecimento global é apoiada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC- são os mais completos resumos do estado da arte nas previsões do futuro do planeta, considerando vários cenários possíveis) ao qual se refere ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que alegadamente se tem verificado nas décadas mais recentes e há possibilidade da sua continuação durante o corrente século. O fenômeno se manifesta como um problema na temperatura sobre as áreas populosas do Hemisfério Norte, entre Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer. O clima marítimo do Hemisfério Sul é mais estável; embora o aumento do nível médio do mar também o atinge. O clima marítimo depende da temperatura dos oceanos nos Trópicos; e este estará em equilíbrio com a velocidade de evaporação da água, com a radiação solar que atinge a Terra e o Efeito Estufa.


2.1 Efeito Estufa 


O Efeito Estufa é um fenômeno natural e indispensável para a vida na Terra. Sem ele, não existiria vida tal como a conhecemos porque a temperatura média do planeta seria aproximadamente -19ºC. De forma similar à parede de vidro de uma estufa (que diminui a troca de ar com o exterior e aumenta a temperatura interna), o vapor de água (inclusive as nuvens) e alguns tipos de gases e aerossóis presentes na atmosfera têm a propriedade de absorver e refletir de volta a radiação infravermelha emitida pela superfície do nosso planeta quando recebe radiação solar, elevando a temperatura média da superfície da Terra para 14,85ºC. 


Entretanto, a atividade humana, principalmente a queima de combustíveis fósseis e a derrubada de florestas, vem intensificando o efeito estufa natural, causando o aquecimento global. O vapor de água e o dióxido de carbono (CO2) são os dois mais importantes GEE. O gás metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e diversos outros tipos de gases presentes em menores quantidades na atmosfera também contribuem para o efeito estufa. A emissão de GEEs na atmosfera atua diretamente na intensificação do efeito estufa, mas também pode influenciar indiretamente, através de mecanismos de retroalimentação (feedback). Por exemplo, na medida em que a temperatura aumenta por causa do aumento da concentração de CO2, a concentração de vapor de água também se eleva, intensificando ainda mais o efeito estufa. Este feedback é capaz de por si só dobrar o efeito estufa da emissão inicial do CO2. 


Apesar do efeito estufa ser figurado como algo ruim, esse processo é um evento natural que favorece a proliferação da vida no planeta Terra. O efeito estufa tem como finalidade impedir que a Terra esfrie demais, caso a Terra tivesse a temperatura muito baixa certamente não teríamos tantas variedades de vida. Contudo, recentemente uma série de estudos realizados por pesquisadores e cientistas, principalmente no século XX, têm indicado que as ações antrópicas (ações do homem) têm agravado esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especialmente o CO2. Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que vão para a atmosfera certamente a temperatura do ar terá um aumento de aproximadamente 2ºC em médio prazo. 


A conseqüência desse processo é que o calor da Terra fica retido e não é liberado para o espaço tornando-se maior do que seria na ausência desses gases. Na verdade, a grande parcela da radiação solar nem chega a atingir a superfície terrestre, sendo absorvida pela atmosfera ou refletida para o espaço. Este fenômeno é importante no sentido que garante a manutenção da temperatura média do planeta, funcionando como um regulador térmico. Sem o efeito estufa, a vida na forma como conhecemos não seria possível, pois os dias seriam extremamente quentes e as noites seriam insuportavelmente frias, uma vez que toda a radiação que atingisse a superfície da Terra seria refletida de volta ao espaço. Dentro desse contexto, o efeito estufa assume um papel importantíssimo para a manutenção da vida na Terra.O problema começa a ficar sério quando a concentração desses gases começa a se elevar, provocando, ao invés da manutenção da temperatura, o seu aumento, causando imensos prejuízos aos ecossistemas, bem como às formas de vida associadas.


O Brasil já contribui para mudar esse triste quadro, aqui já existe o desenvolvimento de matrizes energéticas de origens vegetais (etanol, biodiesel). Os maiores responsáveis pela emissão desses gases são os Estados Unidos (que lideram a lista com cerca de 36% do total mundial), a União Européia, China, Rússia, Japão e Índia. O Brasil é o quarto maior emissor de gases estufa do planeta. Mais de 70% das emissões são provenientes do desmatamento da Amazônia.


2.2 Evidências do aquecimento global


Nos últimos anos as evidências se tornam cada vez mais visíveis que é impossível não percebemos as alterações no clima. A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações metereológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostram que o aumento médio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. (fonte IPCC). Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX. Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração das montanhas geladas em regiões não polares durante todo o século XX.(Fonte: IPCC).


O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento. É muito provável que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos. Há, no entanto que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.Estudos divulgados em abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos, México e países do Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de quarto-século de 1945-1969, em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve 80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a atividade dos furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura.


Podemos observar que 2006 foi o ano em que tais evidências ficaram cada vez mais visíveis de que a crise ambiental é real e seus efeitos, imediatos. Pela primeira vez desde que começaram as medições, no século XIX, o termômetro chegou aos 40 graus em diversas regiões temperadas da Europa e dos Estados Unidos. A Somália foi castigada pelas enchentes mais devastadoras do último meio século. A calota gelada do Ártico ficou 60 400 quilômetros quadros menor, ou seja, uma área equivalente a duas vezes o estado de Alagoas virou água e ajudou a elevar o nível dos oceanos. Na China, segundo o relatório, a pior temporada de ciclones em uma década resultou em 1.000 mortes em 10 bilhões de dólares em prejuízos. Na Austrália, o décimo ano seguido de seca impiedosa agravou o processo de desertificação do solo e desencadeou incêndios florestais com virulência nunca vista. A década de 90 foi a mais quente que se fizeram as primeiras medições, no fim do século XIX. Uma conseqüência notável foram o derretimento de geleiras nos pólos e o aumento de 10 centímetros no nível do mar em um século. A Terra sempre passou por ciclos naturais de aquecimento e resfriamento, da mesma forma que períodos de intensa atividade geológica lançaram à superfície quantidades colossais de gases que formavam de tempos em tempos uma espécie de bolhas gasosa sobre o planeta, criando o efeito estufa natural.

Todos esses transtornos são decorrência do aumento de apenas 1 grau na temperatura media do planeta nos últimos 100 anos. Estudos estimam que, mantido o ritmo atual, a temperatura media da Terra subirá entre 2 a 4,5 graus até 2050.

2.3. Causas do aquecimento global: natural ou antrópico?

Mudanças climáticas ocorrem devido a fatores internos e externos. Fatores internos são aqueles associados à complexidade derivada do fato dos sistemas climáticos serem sistemas caóticos não lineares. Fatores externos podem ser naturais ou antropogênicos. O principal fator externo natural é a variabilidade da radiação solar, que depende dos ciclos solares e do fato de que a temperatura interna do sol vem aumentando. Fatores antropogênicos são aqueles da influência humana levando ao efeito estufa, o principal dos quais é a emissão de sulfatos que sobem até a estratosfera causando depleção da camada de ozônio. Entretanto grandes quantidades de gases tem sido emitidos para a atmosfera desde que começou a revolução industrial, a atividade industrial está afetando de forma pouco natural o clima terrestre, a partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36% (Fonte IPCC). 

A maior parte destes gases são produzidos pela queima de combustíveis fósseis (galosina, diesel, etc.). Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor. O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colaboram para este processo. Os raios do sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global. Os cientistas pensam que a redução das áreas de florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas, para o aumento do carbono. No entanto florestas novas nos Estados Unidos e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e desde 1990 a quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade liberada no desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para a atmosfera se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas.A real importância de cada causa proposta pode somente ser estabelecida pela quantificação exata de cada fator envolvido. Fatores internos e externos podem ser quantificados pela análise de simulações baseadas nos melhores modelos climáticos.

A influência de fatores externos pode ser comparada usando conceitos de força radiativa. Uma força radiativa positiva esquenta o planeta e uma negativa o esfria. Emissões antropogênicas de gases, depleção do ozônio estratosférico e radiação solar tem força radioativa positiva e aerossóis tem o seu uso como força radiativa negativa.(fonte IPCC).Estes gases devoram grandes porções de radiação infravermelha, a qual emana particularmente da crosta da Terra, e assim torna mais difícil sua irradiação para o circuito espacial. Este mecanismo é autopreservativo, pois evita que o Planeta libere altas temperaturas para o Cosmos, deixando a Terra quente o suficiente para que seres vivos sobrevivam neste ambiente.


2.4. Efeitos do aquecimento global no planeta


Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Algumas importantes mudanças ambientais tem sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global.Caso o homem não diminua a emissão de gases do efeito estufa nos próximos anos, podemos enfrentar as seguintes consequências:

Desertificação: com o aumento da temperatura global pode transformar florestas em desertos ou savanas. A Floresta Amazônica poderia ser drasticamente afetada e transformada em savana.

Derretimento das geleiras dos pólos do planeta: este efeito já é notado e tem causado o aumento no nível das águas dos oceanos e prejudicado a vida de espécies animais que vivem nestas regiões. Este efeito também pode provocar o alagamento de diversas cidades costeiras no mundo.
Os topos de algumas montanhas, que antes eram cobertas por gelo, também estão sofrendo com o aquecimento global. Este efeito tem modificado o ciclo de vida da fauna nestas montanhas, podendo provocar a médio prazo a extinção de animais.

Migrações em massa de pessoas: o alagamento de cidades e o aquecimento da temperatura em algumas regiões do mundo, podem provocar a migração de milhões de pessoas, provocando sérios problemas sociais nas regiões que receberão estes migrantes.

Problemas na agricultura: o aumento da temperatura global pode provocar sérios problemas na agricultura. Diminuindo a produção de alimentos no mundo, podemos ter milhões de pessoas morrendo de fome, principalmente nas áreas mais pobres do planeta.

Epidemias: o aumento da temperatura pode elevar a quantidade de mosquitos transmissores de doenças, principalmente em regiões tropicais e equatoriais. Doenças como a dengue e a malária podem fazer milhões de vítimas nestas áreas. Pode também haver a migração destes mosquitos para regiões que antes possuíam clima frio, disseminando ainda mais estas doenças pelo mundo.

Desastres ambientais: o aumento da temperatura global pode aumentar a quantidade e força de furacões e tornados em várias regiões do plane.


2.5. Protocolo de Kyoto e outras conferência sobre o clima 


Protocolo de Kyoto - Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Mas somente entrou em vigor em 16 Fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país. Apenas as nações ricas são obrigadas a reduzir suas emissões, as outras (em desenvolvimento) como Brasil, China e Índia, embora sejam grandes poluentes, podem participar do acordo, mas não são obrigados a nada.Isso não significa que elas não devem se importar; pelo contrário, o mundo inteiro tem responsabilidade no combate ao aquecimento, mas a idéia é que os países que mais lançaram gases na atmosfera têm maior obrigação de reduzir as emissões.

Aqueles que conseguirem um resultado satisfatório, receberão os chamados “Créditos de Carbono”, que valem dinheiro. O Brasil embora não tenha muitos deveres no acordo, só sai ganhando com esse protocolo, pois qualquer projeto elaborado aqui com a finalidade de diminuir o efeito estufa pode se transformar em crédito de carbono. Se por acaso algum país rico não conseguir ou tiver dificuldade de atingir a meta, ele poderá comprar esse crédito do Brasil.

Conferência de Bali- Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas. Entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012. 

Conferência de Copenhague - COP-15- A 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi realizada entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, na cidade de Copenhague (Dinamarca). A Conferência Climática reuniu os líderes de centenas de países do mundo, com o objetivo de tomarem medidas para evitar as mudanças climáticas e o aquecimento global. A conferência terminou com um sentimento geral de fracasso, pois poucas medidas práticas foram tomadas. Isto ocorreu, pois houve conflitos de interesses entre os países ricos, principalmente Estados Unidos e União Européia, e os que estão em processo de desenvolvimento (principalmente Brasil, Índia, China e África do Sul). De última hora, um documento, sem valor jurídico, foi elaborado visando à redução de gases do efeito estufa em até 80% até o ano de 2050. Houve também a intenção de liberação de até 100 bilhões de dólares para serem investidos em meio ambiente, até o ano de 2020. Os países também deverão fazer medições de gases do efeito estufa a cada dois anos, emitindo relatórios para a comunidade internacional. 


2.5.1 Soluções para diminuir o Aquecimento Global 

Diminuir o uso de combustiveis fosseis (gasolina, diesel, querosene) e aumentar o uso de biocombustíveis (exemplo:biodiesel) e etanol. 
Os automóveis devem ser regulados constantemente para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada. O uso obrigatório de catalisador em escapamentos de automóveis, motos e caminhões. 
Instalação de sistemas de controle de emissão de gases poluentes nas indústrias. 
Ampliar a geração de energia através de fontes limpas e renováveis: hidrelétrica, eólica,solar, nuclear e maremotriz. Evitar ao máximo a geração de energia através de termoelétricas, que usam combustíveis fósseis. 
Sempre que possível, deixar o carro em casa e usar o sistema de transporte coletivo (ônibus, metrô, trens) ou bicicleta. 
Colaborar para o sistema de coleta seletiva de lixo e de reciclagem. 
Recuperação do gás metano nos aterros sanitarios. 
Usar ao máximo a iluminação natural dentro dos ambientes domésticos. 
Não praticar desmatamento e queimadas em florestas. Pelo contrário, deve-se efetuar o plantio de mais árvores como forma de diminuir o aquecimento global. 
Uso de técnicas limpas e avançadas na agricultura para evitar a emissão de carbono. 
Construção de prédios com implantação de sistemas que visem economizar energia (uso da energia solar para aquecimento da água e refrigeração). 


3. Conclusão


Aquecimento global e efeito estufa são termos relacionados, mas não são sinônimos nem deveriam ser confundidos entre si. Efeito estufa é um fenômeno natural, observado em todos os planetas do sistema solar cuja superfície é coberta por uma camada permanente de gases (atmosfera). Sendo que aquecimento global é a intensificação do efeito estufa, e sua origem estaria relacionada com as emissões de gases-estufa promovidas por atividades humanas ao longo dos últimos 250 anos. Ao contrário do que se imaginava 50 anos atrás, sabemos agora que as emissões antropogênicas podem alterar, de fato, já estão alterando a composição química da atmosfera. Com isso, mudaremos também seu comportamento, como a capacidade de reter ou refletir radiação. Em resumo, podemos dizer que o processo de aquecimento global é resultado de uma intensificação de origem antropogênica de um mecanismo natural chamado efeito estufa. Preocupados com estes problemas, organismos internacionais, ONGS e governos de diversos países já estão tomando medidas para reduzir a poluição e a emissão de gases na atmosfera. Porém, países como os Estados Unidos tem dificultado o avanço destes acordos.Longe de se resolver toda a problemática da poluição climática, estamos a caminho de conseguir encontrar meios de diminuir os riscos que nós mesmos produzimos. São infindáveis estudos, projetos e programas que visam encontrar saídas para evitar o caos que se anuncia. Somente como o conhecimento científico dos processos de poluição, vontade política de resolver o problema, educação ambiental, legislação forte e muitos projetos e programas efetivamente colocados em prática é que poderemos ter a esperança de conseguirmos ter um planeta com um meio ambiente sadio e passível de manter a vida global equilibrada.



4. Bibliografia


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TEICH, Daniel Hessel. A terra pede socorro. Revista Veja Brasil. Editora: Abril. Agosto de 2002

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* Trabalho de pesquisa apresentando ao curso de Economia Ambiental / 2010
Universidade Nilton Lins / Curso de Graduação em Ciências econômicas