sexta-feira, 8 de julho de 2011

Preços sobem em 6,71%


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, subiu 0,15% em junho, após alta de 0,47% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7).
Apesar da desaceleração, a taxa acumulada em 12 meses subiu para 6,71%, a maior desde junho de 2005. Em maio, essa medição ficou em 6,55%.Ou seja, a inflação acumulada em um ano está  acima do limite máximo perseguida pelo governo para este ano, que é de 6,5%. É o terceiro mês seguido que o índice estou a meta.
No primeiro semestre deste ano, a inflação acumulada é de 3,87%.

Preço dos alimentos têm redução

A forte redução na taxa de crescimento do IPCA de maio para junho é explicada, em grande parte, pela deflação registrada no grupo alimentação e bebidas, que, da alta de 0,63% em maio, passou para queda de 0,26% em junho.
Os alimentos haviam subido em meio ao avanço das commodities e problemas de oferta de alguns produtos, enquanto os combustíveis foram pressionados pela entressafra da cana-de-açúcar, utilizada no álcool combustível. Agora, eles devolvem parte dessa alta.Entre os alimentos, muitos ficaram mais baratos de um mês para o outro, destacando-se a batata-inglesa (baixa de 11,38%) e a cenoura (queda de 16,31%).Mesmo entre os produtos alimentícios que tiveram alta, muitos subiram menos do que em maio, como o queijo (de 1,9% para 1,05% em junho), o iogurte (de 2,07% para 1,01%), o leite em pó (de 1,60% para 0,62%) e o açúcar refinado (de 1,18% para 0,50%).




Gasolina também fica mais barata

Nos transportes, o litro da gasolina, que havia apresentado variação de 0,85% em maio, teve queda de 3,94% em junho, ficando na liderança dos principais impactos para baixo no IPCA. A seguir veio o etanol, que havia registrado queda de 11,34% em maio e, em junho, continuou em queda, porém, menos acentuada (8,84%). Juntos, os preços dos combustíveis caíram 4,25% em junho, gerando um impacto de 0,2 ponto percentual.

Inflação preocupa governo

O combate à inflação se tornou um dos principais objetivos do governo. Para este ano, o centro da meta de inflação perseguido pelo Banco Central é de 4,5%.
O centro da meta pode ter variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%. O índice de 4,5% é chamado de centro, pois está bem no meio dos extremos. O mercado, porém, prevê inflação de 6,15% para este ano.A última vez em que a meta foi estourada foi em 2002, quando a inflação foi de 12,53% e o teto era de 5,5%. Em 2003 e 2004 a meta teve de ser ajustada para cima para evitar novos rompimentos.
No ano passado, a inflação foi de 5,91%, a maior registrada no país desde 2004.
O temor de uma forte alta nos preços em 2011 tem feito com que o governo tente controlar a inflação por meio da política monetária. Ou seja, subindo a taxa básica de juros, a Selic.Ao elevar os juros, o objetivo é desestimular o consumo e, assim, evitar que os preços subam. Em junho, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu elevar a taxa básica de juros (a Selic) em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano.Com a nova elevação, a Selic atingiu seu maior nível desde janeiro de 2009, quando era de 12,75%.


Índices

IPCA refere-se às famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), além do município de Goiânia e do Distrito Federal.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação de famílias com renda de até seis salários mínimos, variou acima do IPCA: 0,22% em junho. No entanto, a taxa é inferior à registrada em maio, que foi 0,57%. O INPC acumula inflação de 3,7% no ano e de 6,8% nos últimos 12 meses.
fonte: Economia UOL

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