O último refúgio do oprimido é a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. Millôr Fernandes
sábado, 26 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Sacola plástica? Não, obrigado(a)!
Você já deve saber que as sacolas plásticas demoram mais de 400 anos para se decompor. Porém, como sabemos se os sacos plásticos só surgiram no final da década de 50. Na verdade, não. Pois não há nenhuma evidência em primeira mão de sua taxa de decomposição. Para fazer essas estimativas de longo prazo, os cientistas costumam usar testes de respirometria*. Os cientistas colocam uma amostra de resíduos sólidos, como um jornal, casca de banana ou saco plástico em um recipiente contendo adubo rico em microorganismos, em seguida areja a mistura. Ao longo de vários dias, os microorganismos assimilam a amostra pouco a pouco e produzem dióxido de carbono; o resultante CO2 que serve como um indicador da degradação.
Testes de respirometria funcionar perfeitamente para jornais e cascas de banana (Jornal levar de dois a cinco meses para biodegrada em uma pilha de compostagem; cascas de banana demorar vários dias.) Mas quando os cientistas testam os sacos plásticos genéricos, não acontece nada, não há produção nenhuma de CO2 e nenhum sinal de decomposição. Mas então porque? Os sacos de plástico são feitos a partir de etileno, um gás que é produzido como um subproduto de óleo, gás e a produção de carvão. O etileno é feito em polímeros (cadeias de moléculas de etileno) chamado polietileno. Esta substância, também conhecido como polietileno ou politeno, é feita em pastilhas, que são utilizados por fabricantes de plásticos para produzir uma variedade de artigos, incluindo sacos plásticos. Este polímero os microrganismos não reconhece como alimento.
Então, onde é que os 400 anos estatisticamente vem? Apesar de sacos de polietileno padrão não são biodegradáveis, eles fotodegradam quando exposto à radiação ultravioleta da luz solar, cadeias de polímeros de polietileno tornam-se frágeis e começar a rachar. Isto sugere que os sacos de plástico acabarão por se fragmentar em grânulos microscópicos. Até o momento, no entanto, os cientistas não têm certeza quantos séculos demoram para o sol trabalhar a sua magia. É por isso que certas fontes de notícias citam uma estimativa de 400 anos , enquanto outros preferem um mais conservador 1.000 anos de vida . De acordo com alguns especialistas em plásticos, todos estes números são apenas outra maneira de dizer: "a muito e muito tempo."
Às vezes, até mesmo cascas de banana não decompõem uma vez que atingem o aterro. Por razões sanitárias, aterros modernos são revestidas no fundo com argila e um lençol plástico para manter os resíduos de escapar para o solo e são cobertos com uma camada de terra para reduzir o odor. O aterro, então, age como um lixo túmulo. Então, o lixo dentro recebe pouco de ar, água ou luz solar. Isso significa que os objetos de resíduos mesmo facilmente degradáveis, incluindo papel e restos de comida, são mais propensos a mumificar do que se decompor.
Alternativas
Há uma série de alternativas para o uso das sacolas plásticas. Já existem os sacos biodegradáveis que são feitos a partir de resinas de amido (do milho, mandioca ou batata), como o ácido poliláctico (PLA) Porém os sacos de plástico biodegradável necessitam de mais plástico por saco do que os normais, porque o material não é tão forte. Muitos sacos biodegradáveis são também feitos de papel, materiais orgânicos ou policaprolactona. Os biodegradáveis levam menos tempo para se decompor e não deixam nenhum vestígio discernível e são completamente inofensivos para o ambiente.
Sacola de tecido( minha favorita)
Outra alternativa que eu penso ser melhor, é os sacos de TNT ou de tecidos. Estes sacos podem ser mantidos no carro e usados novamente. A vantagem dos sacos TNT ou tecidos é que eles são mais fortes do que os sacos de plástico, e também muito mais fácil de transportar. É preciso um pouco de reflexão para se acostumar a trazer os seus próprios sacos, mas é um hábito fácil de cair e é um alívio para não ter que encontrar espaço para arrumar os sacos de plástico.
Sacolas de TNT
Então da próxima vez que for as compras, mantenha sua cabeça erguida, não esquece de levar as sacolas e orgulhosamente comece a recusar as sacolas plásticas. Você não pode estar em um bote de borracha perseguindo um barco baleeiro ou perseguir caçadores de marfim, mas você fez uma contribuição para o futuro do planeta.
Queila Tavares
* Respirometria é uma técnica muito utilizada na determinação da biodegradação de resíduos misturados ao solo pela atuação de microrganismos presentes.
Queila Tavares
* Respirometria é uma técnica muito utilizada na determinação da biodegradação de resíduos misturados ao solo pela atuação de microrganismos presentes.
domingo, 9 de agosto de 2015
O frasco de maionese e café
Lembre-se do frasco de maionese e do café.
Um professor, durante a sua aula de Filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de golfe.
A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.
Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de golfe.
O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.
Então...o professor pegou noutra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".
De seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:
'QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA
A VIDA'.
As bolas de golfe são as coisas Importantes:
como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE.
São coisas, que mesmo que se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.
As pedrinhas são as outras coisas
que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
A areia é tudo o demais,
as pequenas coisas.
'Se puséssemos primeiro a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de golfe.
O mesmo acontece com a vida'.
Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.
Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade.
Brinque ensinando os seus filhos,
Arranje tempo para ir ao medico,
Namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora,
Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos
Pratique o seu esporte ou hobbies favorito.
Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...
Ocupe-se sempre das bolas de golfe primeiro, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.
Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...
Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.
O professor sorriu e disse:
"...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo. "
Aos meus amigos que nunca têm tempo para esse café!
Autor desconhecido
sábado, 8 de agosto de 2015
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
A Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
Vinícius de Moraes
Rio de Janeiro , 1954
sábado, 13 de junho de 2015
O Quarto de Van Gogh
Primeira versão/ Outubro 1888
Uma das mais amadas obras de Vincent Van Gogh é o quarto. Foi pintada em Outubro de 1888, quando o artista estava vivendo na casa amarela em Arles. Para dar a seu irmão Theo uma impressão da pintura que ele estava trabalhando, Van Gogh enviou-lhe uma carta com um esboço detalhado. Um dia depois, ele também enviou um esboço para seu amigo e também artista Paul Gauguin.
Esboço enviado o seu irmão Theo
Esboço enviado ao Paul Gauguin
Vincent Van Gogh considerada O quarto uma pintura importante. Pois no início de 1889, voltou para casa do hospital em Arles, onde havia sido internado lá depois de sua crise psicológica. Como escreveu a Theo: "Quando eu vi minhas telas novamente depois de minha doença, o que me pareceu o melhor foi o quarto".
Segunda versão/ Setembro 1889
Van Gogh depois fez duas outras versões. Enquanto ele estava longe de casa, a pintura sofreu danos causados pela água. Vincent perguntou Theo para tê-lo alinhado (isto é, ligado a uma nova tela para reforço). Mas Theo voltou para ele, dizendo-lhe para fazer primeiro uma cópia por razões de segurança. Em setembro de 1889, Vincent produziu uma segunda versão da pintura, que agora está em exibição em Chicago. No mesmo mês, ele também fez uma cópia menor para sua mãe e sua irmã Wil. Esta terceira versão já pode ser encontrado em Paris.
Terceira versão/ Final de Setembro de 1889
Nas três versões do Quarto, podemos observa a diferença entre os quadros na parede (uma por cima da cama e duas lado a lado na parede da direita). Por exemplo, na primeira versão Van Gogh exibe dois de seus retratos favoritos, enquanto que na versão posterior, ele inclui um auto-retrato que ele não iria pintar até quase um ano mais tarde. Van Gogh pode ter incluído este auto-retrato especial na versão d'Orsay porque ele demonstrou ser extraordinariamente saudável e vigoroso, apesar de sua internação em Saint-Rémy. A "mensagem em uma garrafa" sutil para tranquilizar os destinatários originais da versão d'Orsay: A mãe de Vincent e sua irmã, Wil.
Fonte: Van Gogh Gallery
domingo, 10 de maio de 2015
Navio Negreiro- verso V
Fuga de escravos, óleo sobre tela por François Auguste Biard (1859)
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
Castro Alves
Navio Negreiro- verso IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
Castro Alves
sábado, 2 de maio de 2015
Algumas vezes
Às vezes as pessoas que amamos nos magoam,
e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.
Às vezes nos falta esperança. Às vezes o amor nos machuca profundamente,
e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.
Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar,
tanto quanto precisamos respirar…é nossa razão de existir.
Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida,
e se torna o nosso destino.
e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas,
e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver,
até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol,
a magnitude de uma noite estrelada,
a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto.
a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto.
É a força da natureza nos chamando para a vida.
Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança,
te traíram sem qualquer piedade.
Você entende que o que para você era amizade,
para outros era apenas conveniência, oportunismo.
para outros era apenas conveniência, oportunismo.
Você descobre que algumas pessoas nunca disseram “eu te amo”,
e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram…
Descobre também que outras disseram “eu te amo” uma única vez.
e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram…
Descobre também que outras disseram “eu te amo” uma única vez.
E agora temem dizer novamente, e com razão,
mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.
mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.
Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu,
são fatores importantes: a relação com a família,
as condições econômicas nas quais se desenvolveu.
(dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter),
os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento,
seus sonhos, ideais e objetivos. Não deixe de acreditar no amor.
Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém
que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá.
são fatores importantes: a relação com a família,
as condições econômicas nas quais se desenvolveu.
(dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter),
os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento,
seus sonhos, ideais e objetivos. Não deixe de acreditar no amor.
Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém
que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá.
Manifeste suas ideias e planos, para saber se vocês combinam.
E certifique-se de que quando estão juntos,
aquele abraço vale mais que qualquer palavra.
aquele abraço vale mais que qualquer palavra.
Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo,
pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.
pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.
Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento,
manter um grande amor, pode ter um preço muito alto
se esse sentimento não for recíproco.
se esse sentimento não for recíproco.
Pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar
e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado.
e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado.
Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário.
Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar,
mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem…
mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem…
Luis Fernando Veríssimo
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Deixe a raiva secar!
Gostaria de compartilhar esta linda e simples história, me faz refletir muitas vezes antes de explodir com alguma coisa.
Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manhã. Júlia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: - Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mãe, com muito carinho, ponderou:
- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro, depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha! Com a raiva é a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro, depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.
- Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou.
E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar história do vestido novo que havia sujado de barro.
Auto desconhecido
domingo, 12 de abril de 2015
Canção de Outono
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando aqueles
que não se levantarão...
Tu és folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
E vou por este caminho,
certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
Cecília Meireles
terça-feira, 24 de março de 2015
Vivendo e aprendendo
Na vida temos muitas surpresas, boas, ruins, inesperadas... Temos que estar preparados para reagir a cada uma delas. Chore, ria, faça careta, pule, dançe, cante, corra, viva. Não tenha medo de Viver e ser feliz!
Existem momentos na vida, que podem parecer bobos, que possam parecer comuns para você, no enquanto, mas um dia você pode olhar para traz e diz: esse foi o dia mais feliz de minha vida "até agora". Por isso, aprecie cada momento na vida, como se fosse único e especial, com uma pessoa especial.
Não busque a felicidade muito longe, ela pode estar mais perto do que você imagina! Tente apenas ser feliz, faça o que der vontade, não se importe com o que os outros dizem sobre você, porem, tente não dizer nada sobre os outros. Não faça com o próximo o que não quer para si mesmo.
Victor Hugo
domingo, 22 de março de 2015
Monte Mee (Mount Mee)- Brisbane
A Mount Mee fica em torno 67 km do Centro de Brisbane, é uma reserva natural cheia de arvores de eucalipto, sendo adjacentes à Forest Park Brisbane . O parque dispõe de seis faixas diferentes de passeio, duas áreas para piquenique, um parque de campismo e inúmeras trilhas.
Você pode dar uma pausa para um lunch no Pitstop Café, localizado na parte superior do Monte Mee e ainda ter uma vista panorâmica da região.
Há várias pistas e trilhas para caminhada que você pode explora.
Fotos: Queila Tavares
domingo, 1 de março de 2015
Oásis de Huacachina
Não, não é uma miragem!
Em meio a um dos climas mais secos do mundo aparece uma pequena cidade com árvores exuberantes palmeiras, vegetação florescente, e uma lagoa tranquila, que se diz ter propriedades curativas.
A cidade mágica é chamado de Huacachina no Peru. Os visitantes podem encontrar uma cidade completa, com árvores, hotéis, lojas e até mesmo uma biblioteca oásis e os 96 residentes que prosperam na execução de pequenas empresas sobre o seu maior recurso; areia.
Uma vista aérea do oásis Huacachina em Ica, Peru, a 300 km ao sul de Lima.
O lago é considerado por alguns a ter poderes de cura.
O lago é formado naturalmente, mas há uma lenda que uma jovem princesa foi tomar banho quando ela foi descoberta por um caçador e fugiu, deixando para trás uma piscina de água.
Agora, descendentes dos incas ganham a vida através do acolhimento de clientes que chegam de longe para subir até o topo de uma duna de areia esculpidas pelo vento e ver o pôr do sol iluminar a paisagem dourada, antes de embarcar para baixo as pistas em sandboards alugados ou buggies.
Agora, descendentes dos incas ganham a vida através do acolhimento de clientes que chegam de longe para subir até o topo de uma duna de areia esculpidas pelo vento e ver o pôr do sol iluminar a paisagem dourada, antes de embarcar para baixo as pistas em sandboards alugados ou buggies.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Para sempre - A cada dia
Estou aprendendo viver a cada dia,
nos últimos anos parece que a vida me mostrou um outro lado que não tinha parado
para pensar, alias não paramos para pensar de forma espontânea em certos
assuntos.
Quando eu era criança, meu mundo era
tudo fácil, acreditava nos filmes e contos de fada. Era uma inocência sem
limites, estava na minha zona de conforto, acreditava em tudo que minha irmã
mais velha falava, tentava ser boazinha para o tal de papai Noel me dar um
grande presente no Natal. Mas o papai Noel começou a esquecer de mim, aos
poucos passei a não dar tanta importância.
Ser
criança é a fase mais doce de um ser um humano, queira ou não, ela passa tão
rápido. É difícil lembrar todos os detalhes, guardamos os mais marcantes. Na
verdade, as vezes confundo se são memórias ou apenas histórias de minha mãe. Algumas vezes as lembranças passam como um filme, momentos
que me fazem rir e pensar como era bom estarmos todos juntos.
As
poucos meu mundo perfeito foi derretendo, doía, mas ao mesmo tempo parecia que
eu estava começando a viver, aprendi a diferenciar um dia do outro. Acredito
que a maioria das pessoas devem dizer: À se eu pudesse voltar ao passado e
aproveitar melhor cada momento! Mas essa é a história de cada um, viver
unicamente um momento.
Essa
fase transitória entre ser criança e se tornar adolescente parece ser uma
eternidade, ainda mais quando você percebe que sua irmã mais velha podia fazer
coisas que voce ainda não. E finalmente, quando chegamos na adolescência, ainda
não satisfeitos, já começamos a contar os anos para chegar a maior idade. Este
sim, que é o maior erro, é não saber aproveitar unicamente cada ano. E pensar
que a liberdade se restrige a idade, e mesmo que tente explicar isso para os que
estão na fase transitória, ainda assim, é desentendido.
Particularmente
não gosto de generalizar fatos ou grupos, porque ainda existe exceções, cada
pessoa é destinada a viver seu próprio destino e seguir com suas escolhas.
Nesta caminhada é permitido erra, recomeçar, menos desistir. A cada dia eu aprendo mais, já nem mais conto
as vezes que tiver que recomeçar do nada. Aprendir que para seguir nesta
jornada é preciso
ter paciência e força de vontade.
Queila Tavares
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Soneto 17
Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
William Shakespeare
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
BORBOLETAS
Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Mário Quintana
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
A despedida do amor
Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
Martha Medeiros
domingo, 2 de novembro de 2014
O VELHO E A FLOR
Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.
Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:
O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.
Vinicius de Moraes
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Traduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Gullar
Assinar:
Postagens (Atom)